Linfócitos


Os linfócitos são pequenos glóbulos brancos que, como os demais, originam-se por diferenciação das células-troncos da medula óssea vermelha. Antes de chegarem ao sangue, os linfócitos passam pelo timo (linfócitos T) ou por tecidos linfoides de mesma natureza da bursa (linfócitos B) . O timo é um órgão localizado no peito , bem desenvolvido em crianças. A bursa é um divertículo (pequena bolsa) da cavidade cloacal das aves. Ela inexiste nos mamíferos , mas tecidos linfoides considerados correspondentes a ela são encontrados na parede intestinal, no apêndice e nas tonsilas palatinas (amígdalas). Os linfócitos T têm na membrana plasmática moléculas especiais, os receptores de membrana, que "Reconhecem" os antígenos , ligando-se a eles (modelo chave-fechadura). Admite-se que temos cerca de 1 milhão de tipos de linfócitos , cada um com um cada antígeno que penetra no organismo corresponde um linfócito com um receptor de membrana específico ao qual esse antígeno se ligará. A partir daí, esse linfócito se multiplica , se diferencia e pode produzir novas populações de linfócitos. Os linfócitos B, da mesma forma que os da linhagem T, são "selecionados" por antígenos que se ligam a receptores da membrana específicos. Uma vez selecionado, um linfócito B se multiplica formando uma população de clones (células geneticamente iguais)  de plasmócitos, os quais passam a fabricar e a liberar , no sangue, quantidades crescentes de anticorpos. É assim instalada no organismo a imunidade humoral (líquidos corporais). Há complexas relações funcionais entre os linfócitos B, T e outras células que constituem o nosso sistema imune.