A situação social também foi a causa da Primeira revolução do século XX. Assim como na Rússia, no México, em 1910, a questão agrária , com a luta pelo controle da terra, era o motivo central das insatisfações sociais. A Revolução Mexicana , de início, uma iniciativa dos liberais contra o governo autoritário de Porfírio Diaz (1876-1911) , acabou ganhando uma faceta agrária e popular, com bases camponesa, liderada por Emiliano Zapata (No Sul) e Francisco Pancho Villa (No norte). Distantes dos debates teóricos que envolviam os ativistas sociais europeus, os camponeses mexicanos reivindicavam, basicamente, uma reforma agrária que pudesse fim à expropriação, a qual se processada com maior intensidade desde o fim do século XIX. Parte da elite também manifestava descontentamento com a penetração do capital estrangeiro , sobretudo, das empresas petrolíferas e mineradoras britânicas e norte-americanas. Mesmo com seus principais líderes mortos e sem atingir todos os seus intentos, a Revolução influenciou o movimento de nacionalismo cultural, que predominou no México nos anos 1920. Na década de 1930, ainda reivindicando a influência dos ideais revolucionários, houve a nacionalização das ferrovias e companhias petrolíferas e uma reforma agrária, promovida pelo governo, a qual atrelou os movimentos operário e camponês ao Estado. De qualquer forma, os desdobramentos da Revolução Mexicana tiveram grande repercussão e influenciaram as ações da elite latino-americano, principalmente, na organização de um Estado populista, com concessão a algumas reivindicações populares.