A Industrialização Latino-Americana


No caso dos países latino-americanos, como Brasil, México e Argentina , a industrialização baseou-se na substituição de importações e , posteriormente , na internacionalização do mercado. Nas principais crises econômicas mundiais do século XX, particularmente na de 1929, os países da América Latina viram-se impossibilitados de  importar as mercadorias fabricadas no mundo industrializado , enquanto a conjuntura tornava-se também desfavorável à exportação de produtos agrícolas não-essenciais.
Diante disso , os investimentos passaram a ser destinados à produção local de manufaturados e os bens de consumo (que antes eram importados) passaram a ser produzidos nos próprios países latino-americanos. Por isso, o processo de industrialização desses países foi chamado de ISI (Indústria Substitutiva de Importação). Após a década de 1950, as práticas industriais substitutivas apoiaram-se na internacionalização do mercado.
Brasil, Argentina e México, por exemplo, atraíram os investimentos internacionais como forma de acelerar o desenvolvimento industrial. Nesses países, as políticas industriais de atração dos investimentos estrangeiros ofereciam mão-de-obra barata e investimentos estatais em infraestrutura de transporte, energia e processamento de matérias-primas essenciais à instalação industrial. Os incentivos fiscais , a participação nos mercados internos sem a necessidade de transpor barreiras alfandegárias, e a facilidade de remessa de lucros para seus países de origem eram atrativos tentadores para as empresas estrangeiras - as multinacionais.


  • Fonte: Geografia Geral e do Brasil - Página : 101-102 (Elian Alabi Lucci, Anselmo Lazaro Branco, Claudio Mendonça)